quinta-feira, 28 de maio de 2020

Maior aeronave eléctrica do mundo prepara-se para realizar primeiro voo


A maior aeronave totalmente eléctrica do mundo, denominada de ‘Cessna Caravan’, está prestes a realizar o seu primeiro voo, com uma duração de 20 a 30 minutos sobre o estado de Washington nos Estados Unidos, já esta quinta-feira, avança o ‘The Guardian’.

O avião pode transportar nove passageiros, contudo o piloto vai realizar o primeiro voo sozinho, a uma velocidade de 183 quilómetros por hora. A fabricante de motores, ‘magniX’, espera que a aeronave possa estar disponível para serviço comercial até ao final de 2021 e ter um alcance de 160 quilómetros.

Antes da pandemia da Covid-19 a aviação era uma das fontes de crescimento mais rápido das emissões de dióxido de carbono (CO2), que contribuíam para um agravamento da crise climática. Muitas empresas estão agora a trabalhar com aviões eléctricos, para reduzir essa pegada.

Contudo, ainda serão necessárias grandes inovações para reduzir o peso das baterias, permitindo assim que os aviões de maior dimensão consigam voar para grandes distâncias apenas com energia eléctrica. Para além desta, existem outras fontes de energia em fase de testes, como é o caso do hidrogénio e biocombustíveis.

A indústria da aviação é fortemente regulamentada para garantir a segurança no seu funcionamento, mas a ‘magniX’ espera que, ao modernizar um avião já existente, o processo de certificação possa ser acelerado. Um hidroavião menor movido por um motor magniX realizou um voo de curta distância em Dezembro.

Roei Ganzarski, CEO da magniX, refere que os aviões actuais são caros de operar e muito poluentes. «Os aviões eléctricos terão um custo 40% a 70% mais baixo por cada hora de voo, o que significa que os operadores poderão ter mais aviões a voar em aeroportos menores, resultando numa experiência mais curta e de porta em porta, sem o perigo das emissões de CO2».

O responsável acredita que todos os voos de menos de mil milhas serão completamente eléctricos dentro de 15 anos. Contudo sublinha que «a densidade de energia (da bateria) não corresponde ao que gostaríamos. Embora seja bom para voos de curta distância, há muito potencial por explorar nas baterias», afirma.

«Agora que a primeira aeronave comercial totalmente eléctrica vai realizar o primeiro voo, as empresas de baterias estão a começar a trabalhar mais afincadamente em soluções de baterias prontas para o sector aeroespacial», referiu Ganzarski.


Crédito e notícia original: Executive Digest

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