quinta-feira, 7 de maio de 2020

De nome completo Francisco Ferreira Sarmento de Moraes Pimentel, nasceu em São Tiago de Rande, lugar da Torre, paróquia e freguesia do concelho de Felgueiras, distrito do Porto a 7 de Maio de 1895.

Havendo seguido a carreira militar, desempenhou uma acção preponderante no apoio à manutenção da democracia durante a Primeira República, pois teve participação activa, junto com seu irmão João Sarmento Pimentel, no comando da revolta militar que derrotou a Monarquia do Norte, em 1919. Tendo enveredado pela aviação, foi mais tarde um dos pioneiros da aviação transatlântica, notabilizando-se como autor e piloto da primeira travessia aérea entre Portugal e a Índia portuguesa. Feito realizado pelo mesmo então Tenente-Piloto Aviador Francisco Sarmento Pimentel, por meio de um pequeno avião adquirido a expensas próprias, um “Pus Moth-De Havilland DH 80”, a que deu o nome de “Marão”.

Acompanhado na navegação pelo seu amigo Capitão Moreira Cardoso, fez a ligação desde a Amadora até Diu e Goa, concluída no campo de Mormugão a 19 de Novembro de 1930. Esta viagem foi reconhecida internacionalmente como recordista de 11.800 km, ao tempo distância inédita atingida num só avião, sendo por isso Francisco Sarmento Pimentel agraciado com a Placa da Liga Internacional dos Aviadores. Porém, devido a seus ideais políticos, como oposicionista do regime de Salazar, essa façanha foi menosprezada pelo Estado Novo, apesar de Francisco Pimentel ainda ter sido condecorado com a Ordem de Avis e a Torre e Espada, mas ficando olvidada a pioneira ligação Portugal-Índia dos compêndios, derivado à censura vigente.

Resultante da situação oposicionista à ditadura, viu-se obrigado ao exílio, radicando-se no Brasil como exilado político, onde foi construindo situação social de destaque. Chegando a desempenhar lugar evidente na colónia portuguesa dos amigos da democracia, em São Paulo, ao lado também de seu irmão Capitão João Sarmento Pimentel, e aí acolheu como anfitrião o General Humberto Delgado no respectivo exílio. Após o 25 de Abril, reabilitado como Coronel-Piloto Aviador, foi condecorado com a Ordem da Liberdade. Veio a falecer, em São Paulo, Brasil, a 1 de Agosto de 1988.


Consta no Museu do Ar, na ala dos pioneiros, em Alverca, uma vitrina alusiva ao referido Raid da Amadora/Lisboa-Diu-Goa e ao heróico aviador Francisco Sarmento Pimentel. A sua biografia curricular tem destacado desenvolvimento no livro monográfico “Memorial Histórico de Rande e Alfozes de Felgueiras”, de Armando Pinto, editado em 1997.

Fonte: Wikipedia

Portugal mantém proibição de voos para Itália

Foto: Luís Lourenço

O Governo Português publicou no ‘Diário da República’ desta quarta-feira, dia 6 de maio, um despacho no qual prorroga por mais 14 dias, e pela quarta vez, a ordem de suspensão de voos para Itália, até 19 de maio, justificada por “cuidados excepcionais” provocados com a situação de pandemia de covid-19 no país transalpino.

A suspensão de voos para Itália aconteceu pela primeira vez em 10 março, por 14 dias, e foi prorrogada por iguais períodos em 23 de março, 8 e 21 de abril, e agora, com efeitos a partir das 00h00, de acordo com o despacho assinado pelos ministros da Defesa Nacional, da Administração Interna, da Saúde e pelo secretário de Estado Adjunto e das Comunicações.

“Atendendo a que a situação pandémica em Itália ainda continua a merecer cuidados excepcionais, verifica-se que persistem os motivos subjacentes à suspensão em apreço, pelo que se impõe uma nova prorrogação”, justificam os governantes no despacho publicado nesta quarta-feira, em ‘Diário da República’.

Itália terminou há quatro dias, no passado sábado, o último fim de semana de recolhimentos da população como medida de precaução face à pandemia do novo coronavírus.

Alguns dos aeroportos quase sem actividade nos últimos dois meses, devido à redução do tráfego aéreo, começaram a reabrir na segunda-feira para voos comerciais, como os de Ciampino e Peretola.

Ciampino, o segundo aeroporto de Roma depois do de Fiumicino, não chegou a encerrar na totalidade, e acolhe principalmente vôos de companhias aéreas de baixo custo, nomeadamente a Ryanair, que imobilizou 99% dos aviões até novo aviso.

Peretola, o pequeno aeroporto que serve Florença, é o segundo aeroporto mais importante da Toscana, depois do de Pisa.